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"Cartel": Investigação apura combinação de preços de etanol no Nordeste


 O Ministério da Justiça abriu investigação, na segunda-feira (13), para apurar suspeita de cartel de empresas em relação aos preços do etanol no Nordeste. As informações são da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

De acordo com a matéria, a pasta notificou o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) - órgão vinculado ao ministério - para que tome providências sobre a suspeita. As punições podem ser sofridas em forma de multa sobre o faturamento das companinhas supostamente envolvidas.

O ministério encontrou indícios do cartel em um workshop online realizado em 12 de agosto, promovido pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB).

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Flagra

Durante o encontro, o diretor-presidente da empresa Miriri Alimentos e Bioenergia S/A, Gilvan Celso Sobrinho, deu indícios de uma atuação conjunta do setor na região.

"Acho que este é um assunto de extrema relevância, né? Que é a questão de como a gente posicionar os volumes de comercialização que nós vamos começar a fazer agora. Acho que Dr. Bolivar já falou nas últimas colocações dele sobre essa questão. (...) Porque São Paulo "tá" com preço alto na verdade mais o frete...a gente não tem concorrência, na verdade, econômica, né?"

A abertura da apuração coincide com a intenção do governo de sancionar, nos próximos duas, uma medida provisória que permitirá a venda de etanol aos postos de combustíveis sem que seja necessária a mediação de distribuidores.

PF na cola

A Polícia Federal está na cola de empresas que são suspeitas de formarem um cartel e praticarem crimes em licitações públicas e contra a ordem econômica em nove estados, entre eles a Bahia.

Na manhã de segunda, os donos dos negócios foram surpreendidos por agentes da PF, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público Federal, durante o operação denominada Mercado Pacificado.

De acordo com informações da Agência Brasil, as empresas que estão na mira são das áreas de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos, em sua maioria, hospitalares. A acusação é de que essas empresas evitavam guerra de preços e dividiam entre si clientes e licitações.

Segundo análise do Cade, além da Bahia, o grupo agia no Distrito Federal, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Há, ainda, indícios de que Rio Grande do Norte e Santa Catarina também foram afetados.

Participam da operação 75 policiais federais e 57 integrantes do Cade no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão. Os investigados podem responder por crimes contra a ordem tributária, além de outros delitos que podem ser constatados no curso da investigação.

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 Fotos Públicas    Redação BNews

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