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Funcionário de loja constrange empresária negra ao apontá-la como suspeita de furto em shopping


 A empresária Juliane Ferraz, de 24 anos, foi acusada de furto de uma peça de roupa que já pertencia a ela, enquanto estava em uma loja no Rio de Janeiro. O caso foi registrado como calúnia, no entanto, a mulher afirma se tratar de racismo ao portal Uol.

Na última quinta (10), Juliane saiu de casa com um vestido da enteada na bolsa e foi até a loja Leader, do Norte Shopping, comprar outra roupa para a menina. O vestido levado de casa serviria para se certificar de comprar uma peça no tamanho correto. Ela caminhou pela loja, olhou alguns modelos e saiu sem comprar nada. 

Cerca de trinta minutos depois, já em outro local do shopping, a empresária foi abordada aos gritos pelo supervisor da Leader e um segurança do shopping, que a questionaram sobre uma peça de roupa da loja. De acordo com a nota enviada ao UOL, a Leader considerou a abordagem "totalmente equivocada" e afirmou que o "responsável já foi afastado".

Foi então que Juliane pediu para ver as imagens do circuito interno. 

Segundo a empresária, toda a cena foi gravada. Ela aparece nas imagens olhando as araras, pegando o vestido que estava em sua bolsa e comparando-o com outra peça que estava pendurada. 

Ao perceber que a roupa não caberia na enteada de cinco anos, ela devolve o item da loja e guarda novamente o vestido trazido de casa na bolsa. Com a gravação, ficou comprovado o erro do funcionário da loja, que pediu desculpas. 

Juliane afirma que é mais uma vítima de racismo no Rio de Janeiro. Nesse momento [do pedido de desculpas], o shopping inteiro já estava olhando para mim. "Fiquei totalmente constrangida e sem graça. Me senti humilhada. Minha cor influenciou no julgamento dele”. 

Procurada, a Leader disse que a loja está envergonhada e reforçou o pedido de desculpas a Juliane, que foi procurada pessoalmente após o caso.

"Apresentaremos cada detalhe aos nossos times, cada erro, e reiteraremos o respeito ao ser humano, como já explícita nosso Código de Ética. Somos uma empresa de 70 anos de existência que figura entre as mais amadas e respeitadas pelos colaboradores em várias pesquisas. Nos orgulhamos disso e não abrimos mão de seguirmos assim. Fica aqui nosso pedido de desculpas sincero e a certeza de que não deixaremos que se repita com outras pessoas". Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que "os envolvidos foram ouvidos e o caso foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim)".   / Por: Redação BNews

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