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Embaixador da China no Brasil compartilha comunicado sobre Covid ter tido origem em laboratório: “Teoria conspiratória”


 O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, compartilhou na manhã desta quinta-feira, em sua conta oficial no Twitter um comunicado emitido pelo governo chinês com críticas ao que descreve como retorno da “teoria conspiratória do vazamento de laboratório” do Sars-Cov-2 - vírus que provoca a Covid-19. 

Em comentário publicado no site da Embaixada na última quarta-feira (9), o porta-voz do órgão afirma que existem "pessoas empolgadas" - "que parecem ter encontrado uma mina de ouro" - com investigações sobre a origem do novo coronavírus, que segundo ele, ignoram fatos e desrespeitam a ciência.

O comunicado argumenta que desde o início dos surtos, o governo chinês, cooperou com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para rastrear a origem do patógeno. Nesse contesto, a embaixada descreve que peritos internacionais selecionados independentemente  conduziram duas investigações que concluíram que é "extremamente improvável" a hipótese de o vírus ter vazado de um incidente laboratorial. 

Anteriormente, Peter Ben Embarek, um dos especialistas que integrou a equipe que investigou as origens do novo coronavírus, essa hipótese não está entre as sugeridas para estudos futuros. Em relatório, a OMS afirmou que a teoria mais provável é a de que o Sars-Cov-2 tenha sido transmitido de morcegos para humanos através de um animal intermediário.  

"A investigação da origem de um vírus é uma questão estritamente científica, e a China opõe-se às tentativas por parte de qualquer pessoa ou força política de aproveitar o assunto para fazer estigmatização ou manipulações políticas. Desde a eclosão da pandemia no ano passado, algumas forças políticas ignoraram a demanda internacional de enfrentamento conjunto, focaram sua energia na manobra política e no jogo de acusações, ao invés de tomar medidas para conter a doença e salvar vidas", avalia.

Para o governo Chinês, politizar a investigação da origem do vírus é "antiético", dificulta a cooperação global para superação da crise, e contribuiu para a escalada da propagação do vírus com a perda de vidas por falta de tratamento "tempestivo e eficaz". No último início de maio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que o vírus teria sido criado como forma de desencadear uma “guerra química”. 

“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí, os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, disse durante evento no Palácio do Planalto. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.

O boato de que o vírus havia vazado começou a circular logo no início da pandemia, e teve como propagadores figuras públicas como o ex-presidente norte-americano Donald Trump, e o ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.  /Agência Brasil 

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