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Comissão da Cultura da Câmara vai propor investir em lives para minimizar prejuízos das festas juninas


 Pelo segundo ano consecutivo, as tradicionais festas juninas no interior da Bahia e do Nordeste estão suspensas em razão da pandemia de covid-19. Para miniizar o prejuízo com a ausência do evento que movimenta a economia local, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados vei enviar uma proposta para a realização de lives e assim ajudar artistas e profissionais do entretenimento, um dos setores mais afetados pela obrigatoriedade do distanciamento social.

A deputada federal Lícide da Mata (PSB-BA) esteve no encontro que reuniu artistas, empresários e agentes culturais. O documento será enviado ao presidente do Consórcio do Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
 
“Vamos buscar uma audiência com o governador Wellington para entregar essa carta, onde vamos sugerir a realização de lives remuneradas, o que propiciará um apoio aos músicos e artistas regionais, parcelamento e redução de impostos e acesso desburocratizado às linhas de crédito concedidas no Perse, que é o programa de recuperação do setor de eventos”, disse Lídice.
 
Somente na Bahia, os festejos de São João são responsáveis por injetar cerca de R$ 700 milhões na economia. Lídice lembrou que a festa envolve dezenas de atividades turísticas direta e indiretamente, além dos próprios artistas. “

“O setor de entretenimento também movimenta grandes recursos. Uma banda de forró de médio e grande portes empregam de 20 a 50 pessoas. Já o setor cultural traz um grande impacto econômico e social, pois para alguns desses atores o São João representa a principal forma de receita no ano, sobretudo os artistas e músicos regionais. As quadrilhas juninas, que também contribuem para a geração de emprego e renda foram bastante impactadas, como lembrou Sérgio Pereira, da Confederação Nacional que representa essas agremiações. 

“Sabemos que não há condições sanitárias para apresentações, mas precisamos ser vistos”, disse.
 
Presente na audiência, o prefeito da cidade de Amargosa, na Bahia, Júlio Pinheiro, lembrou que as festas de São João representam 10% do PIB anual do município, estimado em R$ 300 milhões. “São R$ 30 milhões que são distribuídos no comércio, hotelaria, alugueis de temporada, dentre outras atividades”, disse Pinheiro.
 
 A audiência pública contou ainda com a participação de forrozeiros como os baianos Adelmário Coelho e Leo Macedo, da Banda Estakazero, além de Armandinho do Acordeon, da Fulô de Mandacaru, que fez uma apresentação musical na sessão da Comissão de Cultura da Câmara. Adelmário e Léo pontuaram a necessidade de aportes financeiros do Poder Público para socorrer a classe artística. “Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Perdemos 100% da nossa receita”, pontuaram.
 
Já Armandinho apresentou uma proposta com seis itens que vão desde a acesso a linhas de crédito e refinanciamento de impostos à criação de um auxílio-emergencial, no valor de R$ 600, para forrozeiros e derrubada de vetos da Lei Aldir Blanc./Por: Redação BNews

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