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Semana deverá ser de mudança no Palácio do Planalto para compensar aliados da Câmara e do Senado


 O governo federal se prepara para receber realizar uma reformulação a partir desta semana. Com a definição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado nesta segunda-feira, (1), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), começa já nos próximos dias a escolher os novos chefes para pastas de seu governo, segundo apurou o site Poder 360.

Bolsonaro quer aproximar ainda mais do Centrão, grupo de siglas sem posicionamento ideológico definido que apoiam o governo, e potencializar a articulação política de olho em 2022. O aumento da base também é uma forma do presidente se blindar no Congresso Nacional de possíveis processo de impeachment.

Uma das trocas quase certas é a volta de Onyx Lorenzoni ao Palácio do Planalto. O ex-ministro da Casa Civil e atual ministro da Cidadania deverá retornar ao quadro palaciano como ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, vaga hoje ocupada interinamente por Pedro César Marques de Souza.

“Acredito no trabalho dele. Eu chamo o Onyx de coringa, e ele está pronto para ir para qualquer ministério”, disse Bolsonaro no sábado (30), após ser questionado por apoiadores.

Onyx, que já foi um dos principais ministros de Bolsonaro e depois perdeu força, voltou a ser reconhecido ao atuar de forma incisiva na articulação para que Arthur Lira (PP-AL) atraísse apoio do DEM de Rodrigo Maia (RJ) no pleito da Câmara. Somado a isso, está o fato de que o Ministério da Cidadania é um dos mais requisitados pelo Centrão. Afinal, é a pasta que coordena o Bolsa Família e o auxílio emergencial.

A chegada do demista à Secretaria Geral e a transferência do Ministério da Cidadania para um dos partidos do Centrão seria uma forma de, simultaneamente, agradar o antigo aliado de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, e fidelizar o apoio dos novos apoiadores do Planalto.

Outra mudança cogitada para o novo mapa da Esplanada foi a troca do titular do Ministério da Saúde. Porém, esta, que seria a 3ª alteração depois de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, não deve se concretizar, dizem auxiliares de Bolsonaro. Mesmo sob investigação na condução da pandemia, o general Eduardo Pazuello deverá continuar no cargo.

Já no Ministério do Desenvolvimento Regional, hoje liderado por Rogério Marinho, a situação é incerta. Segundo interlocutores do Planalto, ainda há chance de a pasta ser chefiada por outro político. “Não há nada definido, as negociações estão abertas”, disse um deles na noite de 6ª feira (29.jan). “As novidades começam a se desenhar para valer na 2ª feira, depois da eleição”, completou.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) também recebeu o convite para uma vaga na Esplanada. O atual presidente do Senado, que deixa o posto nesta 2ª feira (1º.fev), poderia escolher a pasta que desejasse. Mas a abordagem não avançou. Alcolumbre teria predileção pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no próprio Senado.

Recriação

Na última sexta-feira, (29), Bolsonaro cogitou a possibilidade de recriar ministérios depois das eleições do Congresso. “Se tiver um clima no Parlamento, pelo que tudo indica, as duas pessoas que temos simpatia devem se eleger, não vamos ter uma pauta travada, a gente pode levar muita coisa avante”, disse em evento privado com atletas, no Palácio do Planalto.

“Quem sabe até ressurgir os ministérios, esses ministérios”, disse o presidente. Nessa cerimônia, que reuniu embaixadores dos JEBs (Jogos Escolares Brasileiros), vários esportistas sugeriram a recriação do Ministério do Esporte, transformado em secretaria no atual governo.

Bolsonaro disse em seu discurso que três secretarias se tornariam ministérios caso soubesse do “potencial” dos secretários no início do governo. Mário Frias (Cultura), Jorge Seif (Pesca e Aquicultura) e Marcelo Magalhães (Esporte) foram os citados. Todos estavam presentes no evento.

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Equipe econômica espera "limpar a pauta" no Congresso com possível eleição de Lira e Pacheco   /Por: Marcello Casal Jr. Agência Brasil 

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