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Primeiro dia liberação de praias tem pouco movimento, mas quebra de protocolo

 

A movimentação em alguns pontos da orla de Salvador nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (21) foi tímida. Neste primeiro dia de autorização do acesso à faixa de areia, depois seis meses de restrição, poucos foram aqueles que aproveitaram para dar um mergulho ou estender a canga à beira mar. 

Uns, mais receosos, das balaustradas, observavam os mais eufóricos pela água salgada acreditando que a flexibilização não foi uma boa ideia. Outros, que viram suas vendas minguarem com a falta de banhistas, comemoravam a liberação do prefeito ACM Neto (DEM), que, depois muita cobrança, resolveu estabelecer o acesso de segunda a sexta, excluindo os finais de semana, períodos de grande movimentação em relação a dias anteriores à pandemia.

No bairro da Barra, o acesso é permitido apenas entre o Farol e o monumento do Cristo. O trecho preferido pelos banhistas para um mergulho, o Porto, ainda está na lista de restrição, junto com as praias do Buração e da Paciência, ambas no Rio Vermelho. Rosenete Jesus, 58 anos, moradora da Barra, caminhava no calçadão. Para ela, a decisão de reabertura é “arriscada” já que ainda não possuímos a comprovação da eficácia das vacinas contra a Covid-19.

“Eu entendo a euforia, mas achei um pouco precipitada a reabertura. Sabemos que para muitos o sol é a única diversão por ser de graça, mas é essa mesma população que tem pouco acesso à informação, portanto, com mais chances de não cumprirem com as recomendações. Como vamos controlar tanta gente?”, indagou. 

Durante o anúncio da flexibilização, na semana passada, o prefeito afirmou que a fiscalização será redobrada para garantir a segurança dos banhistas. A gestão não estabeleceu um limite de pessoas dividindo o mesmo espaço, mas recomenda-se o distanciamento de 1,5 m. A Guarda Municipal, responsável pelo ordenamento nas faixas de areia, irá atuar na orientação solicitando a retirada quando necessário. 

Neste final de semana, um homem foi imobilizado com um 'mata-leão' por agentes na praia de Amaralina. O caso foi filmado e compartilhado nas redes sociais. O local, assim como as praias São Tomé de Paripe, Tubarão e Itapuã só serão liberadas nesta terça-feira (22).

No Jardim de Alah, a movimentação era uma pouco mais intensa por volta das 9h30. Algumas pessoas mergulhavam próximo a um conjunto de pedras, enquanto outras aproveitavam para se exercitarem. Os esportes individuais e em dupla podem ser praticados, mas aqueles com que exigem o contato físico, como o futebol, não estão autorizados. 

Luiz Alberto, que há 10 anos possui uma barraca de caldo de cana na praia do Corsário, na Boca do Rio, comemorou a decisão da prefeitura. Durante o período de restrição suas vendas caíram 90%. “Acredito que já deveria ter voltado há muito tempo. É um vírus que todos precisam pegar para criar a imunização”, comentou. 

Por lá, às 10h30, o Bnews flagrou um grupo formado por cerca de 20 jovens jogando sem preocupação. Nenhum guarda à vista.    / Por: Vagner Souza/BNews 

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