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Contrato de "cooperativa" investigado pela PF em Jequié foi renovado duas vezes


A Prefeitura Municipal de Jequié, investigada na operação Guilda de Papel instaurada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (15), renovou por duas vezes o contrato anual no valor de R$ 29.264.658,72, desde que uma pseudo cooperativa começou a prestar serviços para a cidade no ano de 2018. 

A "empresa" investigada, reconhecida como Ativacoop, também presta serviço para outros municípios como Feira de Santana, também alvo da operação nesta terça, além de Cabaceras do Paraguaçu, Maragogipe e outras. 

O delegado chefe da operação, Jorge Vinicius Gobira, informou que os documentos recolhidos nessa primeira fase em Jequié e Feira de Santana serão enviados para as delegacias dessas outras cidades. "Como não são cobertas pela nossa regional, vamos enviar todo o material para colaborar com a apuração da atuação dessa pseudo cooperativa em outros municípios", esclareceu.  

Sobre Feira de Santana, a PF cumpriu três mandados de busca na cidade e, segundo o delegado, não há nenhum político envolvido e nem secretários municipais, apenas servidores públicos. Já em Jequié, o prefeito, Sérgio da Gameleira foi afastado por 60 dias para não interferir nas investigações por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. 

De acordo com a investigação, a Ativacoop seria na verdade uma empresa intermediadora de mão de obra, cobrando valores superiores ao que eram pagos para os prestadores de serviço, inclusive verba fictícias, além de estar cobrando pela prestação de serviços de pessoas que jamais teriam integrado os quadros da Cooperativa.    

"A pessoa jurídica cobrava da prefeitura de Jequié por funcionários desligados, não é lícito cobrar aí por eventuais demissões. O que era cobrado por "X" não era repassado para os prestadores de serviço, além disso, eram cobradas duas modalidades de seguro, sendo que, de acordo com a legislação, só era possível uma modalidade de seguro. Uma série de irregularidades", pontuou Jorge Vinicius. 

A Operação Guilda de Papel  visa à repressão aos crimes de fraude à licitação, fraude a direitos trabalhistas e desvio de verbas públicas em Jequié, segunda maior cidade do sudoeste baiano.  /

 Por: Divulgação/PF  Por: Redação BNews

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