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BNews 10 anos: reveja os acontecimentos mais importantes da cobertura política




Em dez anos de cobertura jornalística, o BNews apurou, produziu e informou aos baianos os fatos mais relevantes do ambiente político na Bahia e no Brasil. A ocasião comemorativa de uma década de cobertura levou o site a reunir um compilado de notícias que ficaram marcadas na história. 
A primeira mulher presidente
Em 2010, nós tivemos a primeira mulher sendo eleita presidente do Brasil: a candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, foi eleita no segundo turno da eleição para suceder o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após seus dois mandatos seguidos. Naquela eleição, nove candidatos participaram do pleito no primeiro turno, foram eles: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda (PSOL), José Maria Eymael (PSDC, atual DC), José Maria de Almeida, conhecido como Zé Maria (PSTU), Levy Fidelix (PRTB), Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO).
Dilma e Serra disputaram o segundo turno daquela eleição presidencial,onde a candidata petista obteve 55.752.092 votos (56,05%) e derrotou o tucano, que angariou 43.710.422 votos (43,95%). A escolhida de Lula foi a primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil.
A eleição para o Governo da Bahia transcorreu sem muita surpresa em 2010. O governador na época e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT), levou a eleição no primeiro turno com 4.100.848 votos (63,83%). O petista disputou contra nomes como: Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMBD, atual MDB), Bassuma (PV), Marcos Mendes (PSOL) e Sandro Santa Bárbara (PCB).
Naquela eleição, o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o atual governador da Bahia, Rui Costa (PT), foram eleitos para bancada baiana na Câmara dos Deputados. O demista foi o deputado que mais recebeu votos no estado com 328.450, já o petista foi o terceiro com 212.157 votos. 
Salvador com novo prefeito
Em 2012, Neto foi eleito prefeito de Salvador, após sair vitorioso de um segundo turno contra o candidato petista Nelson Pelegrino, e marcou a volta de um integrante da família Magalhães à Prefeitura da capital baiana depois de 42 anos. O último integrante do clã familiar a ter comandado a cidade havia sido seu avô, Antônio Carlos Magalhães (1967-1970. O demista teve 717.865 votos (53,51%) e o petista 623.734 votos (46,49%).
Além deles, nomes conhecidos da política soteropolitana concorreram naquela eleição como: Mário Kertész (pelo PMDB, atual MDB), Márcio Marinho (pelo PRB, atual Republicanos), Hamilton Assis (PSOL) e Da Luz (PRTB).  . 
Nomes conhecidos da população foram eleitos vereadores aquele ano como: Carlos Muniz (na época pelo PTN, atual Podemos), Hilton Coelho (PSOL), Tia Eron (PRB, atual Republicanos), Edvaldo Brito (na época pelo PTB), Léo Kret (na época pelo PR), o atual presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (na época pelo PTN, atual Podemos) e Suíca (PT).
Os protestos de 2013
O ano de 2013 ficou marcado pelos protestos e manifestações, que se tornaram conhecidos como Jornadas de Junho. Uma série de atos, que teve início em São Paulo e se espalhou pelo resto do país, ocupou as páginas dos jornais e o noticiário na televisão. 
Os protestos começaram porque os manifestantes se opunham ao aumento de R$ 0,20 centavos no preço das passagens de ônibus. O valor que saiu de R$ 3 para R$ 3,20 gerou a frase que marcou o movimento e deu início a uma série de reivindicações, "não é por 20 centavos". A frase foi usada em protestos em todos os cantos do Brasil, nos quais manifestantes cobravam por melhorias nas área de Saúde, Educação, Segurança Pública e Transporte Público. A violência policial na repressão aos manifestantes chamou atenção na época e foi de alvo de críticas por parte da sociedade.
2014: A reeleição de Dilma e o "surgimento" de Rui Costa
As eleições presidenciais de 2014 se desenrolaram sob esse turbilhão popular e foram extremamente divididas, como evidenciou o resultado final. A disputa foi novamente levada ao segundo turno num embate entre PT e PSDB, com nova vitória de Dilma - reeleita com 54.501.118 votos (51,64%) - contra Aécio, que teve 51.041.155 votos (48,36%). Em discurso após a apuração dos votos, a petista negou que a disputa tenha dividido o país.
O primeiro turno teve 11 candidatos, incluindo Marina Silva (pelo PSB à época), que acabou assumindo a chapa de Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo. Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), José Maria de Almeida, conhecido como Zé Maria (PSTU), José Maria Eymael (PSDC, atual DC), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) compuseram o quadro de candidatos. Aquele ano também ficou marcado pelo início da operação Lava Jato.
Na Bahia, as eleições ao governo do estado marcaram o "surgimento" de Rui Costa (PT) para maior parte da população. Apesar de ter sido um dos deputados federais mais votados da Bahia em 2010 e secretário da gestão de Jaques Wagner nos anos seguintes, Rui ainda não era amplamente conhecido pela população.
O escolhido do ex-governador Jaques Wagner, que deixava o cargo após dois mandatos, surpreendeu e levou a eleição no primeiro turno com 54,53% dos votos (3.558.975). O petista deixou para trás postulantes como Paulo Souto (DEM), Lídice da Mata (PSB), Marcos Mendes (PSOL), Da Luz (PRTB) e Renata Mallet (PSTU).
O escolhido do povo baiano para a cadeira do Senado Federal foi Otto Alencar (PSD) com 55,88% dos votos (3.341.111). Alencar disputou contra Geddel Vieira Lima (MDB), Eliana Calmon (na época pelo PSB), Hamilton Assis (PSOL) e Marcelo Evangelista (PEN, atual Patriota).
2016: Impeachment Dilma e reeleição de ACM Neto
2016 entrou para a história como o ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O processo que teve início em dezembro de 2015 foi finalizado em 31 de agosto de 2016. Dilma teve seu afastamento determinado sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal, popularmente chamados de "pedaladas fiscais", no Plano Safra e nos decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. 
A autorização para a abertura do processo foi dada em 2 de dezembro de 2015, pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no mesmo dia em que a bancada do PT decidiu votar pela continuidade do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.
A acusação argumentou que os decretos autorizaram suplementação do orçamento em mais de R$ 95 bilhões e contribuíram para o descumprimento da meta fiscal de 2015. Alegou ainda que o governo sabia da irregularidade porque já havia pedido revisão da meta quando editou os decretos e que o Legislativo não tinha sido consultado, como deveria ter sido feito antes da nova meta ser aprovada.
Com o afastamento da petista, o vice-presidente Michel Temer (MDB) assumiu a presidência e terminou o mandato em 2018. Temer optou por não concorrer à reeleição.
"Longe" da agitação política de Brasília, Salvador concedeu reeleição folgada em primeiro turno ao prefeito ACM Neto com 73,99% dos votos (982.246), superando Alice Portugal (PCdoB), Pastor Sargento Isidório (PDT à época), Cláudio Silva (PP), Fábio Nogueira (PSOL), Célia Sacramento (na época pelo PPL, incorporado ao PCdoB) e Da Luz (PRTB).
2017: Geddel e o bunker de R$ 51 milhões
O conhecido cacique político do MDB na Bahia, Geddel Vieira Lima não teve um ano de 2017 tranquilo. Em julho, o ex-ministro do governo Temer foi preso de forma preventiva pela Polícia Federal (PF). A prisão ocorreu no âmbito da Operação Cui Bono, que apurava a atuação dele e de outras pessoas na manipulação de créditos e recursos em duas áreas da Caixa Econômica Federal. 
O político é acusado de ter recebido R$ 20 milhões de propina em troca de aprovação de empréstimos no banco ou de liberação de créditos do FI-FGTS para beneficiar empresas. O eemedebista conseguiu um habeas corpus e passou a cumprir prisão domiciliar, até ser preso novamente no dia 8 de setembro depois que a Polícia Federal descobriu um apartamento em Salvador que estaria sendo utilizado como bunker do político, onde foram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro vivo em malas e caixas. Lá, a PF também encontrou digitais de Geddel e de Gustavo Ferraz, seu ex-assessor e ex-diretor da Defesa Civil de Salvador. Ferraz foi exonerado da Prefeitura após ter sido preso.
2018: Prisão de Lula, incêndio na AL-BA e as eleições
Em 7 de abril de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se entregou à Polícia Federal e foi preso. O então juiz da operação Lava Jato, Sérgio Moro, havia determinado a prisão do petista.
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP). A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
"Não pensem que eu sou contra a Lava Jato, não... a Lava jato, se pegar bandido, tem que pegar bandido mesmo que roubou, e prender. Todos nós queremos isso. Todos nós, a vida inteira, dizíamos: 'só prende pobre, não prende rico'. 'Todos nós dizíamos. E eu quero que continue prendendo rico. Eu quero. Agora, qual é o problema? É que você não pode fazer julgamento subordinado à imprensa porque, no fundo, no fundo, você destrói as pessoas da sociedade na imagem das pessoas e, depois, os juízes vão julgar e falar: 'eu não posso ir contra a opinião pública, porque a opinião pública tá pedindo pra caçar'. Quem quiser votar com base na opinião pública largue a toga e vá ser candidato a deputado. Escolha um partido político e vá ser candidato. A toga é o emprego vitalício. O cidadão tem que votar apenas com base nos autos do processo.”, afirmou Lula em discurso na época.
Incêndio na Assembleia Legislativa da Bahia
Um incêndio de grandes proporções atingiu a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em 28 de julho de 2018. As chamas destruíram o terceiro andar do prédio que estava em reforma. No documento da Defesa Civil que foi divulgado foram constatados danos aos equipamentos do departamento de Recursos Humanos e a diretoria Financeira da Casa. A investigação concluiu que o incêndio foi acidental e foram encontrados indícios durante a perícia de que as chamas tiveram início na instalação elétrica.
Eleições 2018
Em meio a um ano com eventos tão agitados, a eleição de 2018 definiu Jair Bolsonaro (então PSL e atualmente sem partido) como presidente do Brasil. Ele venceu no segundo turno com 57.797.847 votos (55,13%) contra 47.040.906 (44,87%) do candidato petista Fernando Haddad. 
No total, 13 candidatos disputaram o primeiro turno da eleição em 2018: Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoedo (NOVO), Cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL), Vera (PSTU), José Maria Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL, incorporado ao PCdoB posteriormente).
Diferente do plano nacional, o governador Rui Costa foi reeleito no primeiro turno com 75,50% votos (5.096.062), numa eleição sem grandes dificuldades contra o principal oponente José Ronaldo (DEM). Os outros postulantes ao governo foram: Marcos Mendes (PSOL), João Henrique Carneiro (PRTB), João Santana (MDB), Célia Sacramento (Rede) e Orlando Andrade (PCO).
Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) formaram a dupla de novos senadores baianos, juntando-se a Otto Alencar eleito em 2014. 
2019: Saída da prisão do ex-presidente Lula
O ex-presidente Lula (PT) deixou a prisão em Curitiba em 8 de novembro. O juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, decidiu acatar pedido da defesa de Lula e expediu alvará de soltura, autorizando sua saída da prisão, após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a prisão após condenação em segunda instância.
O BNews foi até São Bernardo do Campo acompanhar o discurso de Lula e de seus aliados após sua saída da prisão. Em seu discurso, o ex-presidente atacou Bolsonaro, a Globo e Sérgio Moro.
2020: A saída do "super ministro" Moro
Alçado ao governo Bolsonaro com status de super ministro, Sérgio Moro anunciou em 24 de abril, sua saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública. o Ex-juiz da Lava Jato entrou em embates com Bolsonaro por conta da demissão do Diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e acusou o presidente de tentar interferir na PF.
"Agradeço ao presidente, assumi um compromisso e cumpri. Não tenho como ficar sem que tenha condição de trabalho, sem preservar a autonomia da polícia federal, ou sendo forçado a assinar uma concordância com interferência política". [...] "Vou procurar um emprego mais adiante, não enriqueci  e sempre vou estar a disposição do país para ajudar", disse à época. 
A acusação feita por Moro de que Bolsonaro estaria tentando interferir na PF ainda está sendo investigada. Após a saída do governo, Moro é apontado como um possível candidato à Presidência da República em 2022, contudo evita falar sobre o assunto. /

Por: Pixabay  Por: Redação BNews
 

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