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Bahia deve perder R$ 103 milhões em vendas para o Dia dos Pais

Pixabay
As vendas para o Dia dos Pais devem cair 8% este ano na Bahia, em comparação com 2019. Por causa da pandemia de coronavírus, a previsão é que o varejo do estado perca R$ 103 milhões nos nove primeiros dias de agosto. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).
Enquanto este ano o faturamento total deve ser de R$ 1,11 bilhão, em 2019 o resultado foi de R$ 1,21 bilhão e esse número já representava uma queda de 3,1% em relação a 2018. A crise causada pelo coronavírus fez também com que todas as datas comemorativas do primeiro semestre tivessem retrações importantes no varejo baiano, da Páscoa ao São João.
Para o cálculo do resultado deste ano, foram analisadas atividades que possuem relação com o Dia dos Pais, como o setor de vestuário, tecidos e calçados, que deve amargar a maior queda: 28%. Esse segmento aparece sempre em primeiro lugar nas pesquisas sobre intenção de compra para a data comemorativa. 
Os setores de móveis e decoração e de eletroeletrônicos também sofrerão com retrações, com resultados estimados de -26% e -18%, respectivamente. “São duas atividades com preços de produtos mais elevados, com compras realizadas a crédito e em parcelas. Diante da insegurança no emprego, as famílias preferem evitar qualquer tipo de dívida neste momento. Então compras de computador, celular, fritadeira elétrica, por exemplo, devem ser negativas para o período”, explicou o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
Contribuindo para que o cenário seja menos negativo estão os segmentos de supermercados e farmácias. O primeiro deve ter vendas com crescimento de 8%. Já o segundo, que inclui também perfumarias, deve ter alta de 1%.
“Até mesmo pelo isolamento social, as famílias devem realocar os recursos que seriam utilizados na compra de uma roupa, por exemplo, para fazer um festejo com uma refeição mais intimista em casa”, afirmou Dietze.
Ele destaca que a reabertura gradual da atividade econômica em Salvador não deve gerar o aumento do consumo. “Alertamos que o desemprego bastante elevado não dá chance para a retomada das vendas de forma significativa. Se não fosse o auxílio emergencial a situação seria ainda mais crítica”, aponta o especialista.(BNews)

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