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Gravador da "lava jato" tem custo de manutenção anual de R$ 115 mil; veja íntegra do contrato


Um dia após o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, afirmar que o gravador da força-tarefa custou menos de R$ 15 mil, na tentativa de minimizar as acusações de que o aparelho realizaria grampos telefônicos, um levantamento feito pelo site Consultor Jurídico (Conjur) desmontou toda a tese “econômica”.
Um documento, que o BNews teve acesso e que pode ser lido na íntegra ao final da matéria, mostra, por exemplo, que, inicialmente, no primeiro contrato firmado com empresa responsável, a manutenção do gravador custava R$ 8,4 mil por mês, ou quase R$ 101 mil anuais.
O documento em questão é um contrato para "prestação de serviços continuados de manutenção de central telefônica", firmado em 2018 pelo Procuradoria da República no Paraná e a Trendcom (a mesma empresa que teria vendido o aparelho). O valor total do contrato, que contempla a manutenção de aparelhos em outras unidades do MPF-PR, é de R$ 256,8 mil por ano.
No entanto, ainda segundo a ConJur, existe um aditivo feito a esse contrato de 2018, assinado em março de 2020, que tornou a manutenção mensal do equipamento com custo de R$ 9,6 mil, o equivalente a mais de R$ 115 mil ao ano.
Além dos valores, os contratos de manutenção mostram que não há como os procuradores terem esquecido da existência dos gravadores adquiridos e instalados, uma vez que os documentos são recentes, firmados em 2018 e 2020.
No final do mês passado, na tentativa de demonstrar que o equipamento ainda existente em Curitiba não fazia interceptação telefônica, a Procuradoria paranaense enviou um ofício à PGR, afirmando que, "por equívoco operacional", o aparelho foi esquecido, tendo feito gravações ininterruptamente até aquele momento.

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