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Deputado defensor da cloroquina diz que remédio não funcionou para ele e aconselha Bolsonaro a seguir "medicina"


O deputado federal Sóstentes Cavalcante (DEM-RJ), que há alguns dias endossava o coro dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que, sem respaldo científico, defendiam o amplo uso da cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19, disse que a medicação não funcionou para ele.
O democrata foi diagnosticado com o novo coronavírus e chegou a ficar com 70% do pulmão comprometido. Após o presidente afirmar que foi contaminado, em comunicado à TV Brasil e à CNN nesta terça-feira (7), o deputado aconselhou o presidente a "obedecer a medicina".
Sóstenes, contudo, continua a defender a cloroquina, assim como Bolsonaro, e o fim do isolamento. Para ele, o tratamento com a medicação começou muito tarde, o que corrobora com a tese bolsonarista sobre a eficácia da droga.
"Quando o vírus vem na forma mais grave, acho que nada resolve", afirma.
Depois do susto, o parlamentar diz ter ficado mais "paz e amor" em relação aos adversários políticos. Ele recebeu mensagens de apoio de deputados de esquerda durante o período em que este no hospital. "Isso ajuda a gente a lutar", admite.
Apesar da propaganda feita por Jair Bolsonaro do sucesso da cloroquina no seu tratamento contra a Covid-19, segundo ele feito sob orientação médica, não há evidências científicas e pesquisas que possa comprovar que o uso traz benefícios a pacientes infectados.
Segundo o presidente, "quase 100%" das pessoas que tomam cloroquina ou hidroxicloroquina não manifestam sintomas graves da doença.
A taxa de pessoas contaminadas que precisam de internamento, no entanto, é similar, com cerca de 1 a cada 10 diagnosticados com Covid que evoluem para quadros mais complexos. / Por: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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