O presidente Jair Bolsonaro deve nomear nos próximos dias para o cargo de direção da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), um aliado so senador Ciro Nogueira (PP), que é investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Davidson Tolentino de Almeida foi apontado em 2015 pelo ex-assessor de Ciro, José Expedito, como um dos responsáveis por recolher e guardar dinheiro de origem desconhecida. Expedito alegou ter recolhido R$ 100 mil do apartamento de Davidson, valor que seria entregue ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o seu amigo, o advogado Marcos Meira.
Ele irá substituir um outro indicado do PP que estava no cargo. Recentemente, o governo Bolsonaro tem cultivado uma boa relação com partidos do chamado Centrão, para tentar garantir a sua permanência no Palácio do Planalto, em meio às recentes crises.
Uma reportagem da Revista Crusoé trouxe ainda uma denúncia de que Davidson, em 2016, à época diretor de logística do Ministério da Saúde, teria insinuado um pedido de propina a empresários do setor. Ele utilizou as palavras "alinhamento financeiro" para favorecê-los no futuro por meio de faturas em aberto na pasta.
Davidson e o ex-ministro Ricardo Barros são acusados pelo MPF de improbidade administrativa, prejuízo ao patrimônio público e favorecimento de empresas em licitações. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Michel Temer (MDB) chegou a impedir a nomeação de Davidson para o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2018, após ser pressionado por entidades.
CODEVASF
A Codevasf é uma estatal que atua no progresso das regiões banhadas pelo Rio São Francisco e Parnaíba, coordenando projetos para auxiliar a população que mora na região. /Por: Redação BNews
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