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PF apreendeu R$ 250 mil com desembargadora alvo de nova fase da Faroeste


A Polícia Federal gravou e monitorou acertos de propina e entrega de dinheiro destinado à compra de decisões da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, presa temporariamente nesta terça-feira (24) na quinta fase da Operação Faroeste - que apura um esquema de venda de sentenças no âmbito do Judiciário baiano.
As informações são do jornal O Globo. Segundo a publicação, por meio de uma ação controlada realizada com auxílio de um delator, a PF conseguiu carimbar notas de dinheiro e localizá-las com a desembargadora. Com base nesse material, a PF e a Procuradoria-Geral da República solicitaram a prisão temporária de Sandra Inês e dois advogados envolvidos na negociação - um deles filho da desembargadora, Vasco Rusciollelli.
A operação foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes.De acordo com as investigações, houve um acerto de propina no valor de R$ 1 milhão para que a desembargadora concesse uma decisão em janeiro deste ano. A ação controlada foi realizada após a delação premiada do advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, que chegou a ser preso em uma das fases anteriores da Faroeste.
O defensor chegou a gravar uma conversa que teve com a desembargadora sobre a decisão. Segundo a investigação, César viajou para Rondonópolis entre 16 e 17 de março deste ano para receber R$ 250 mil destinados ao pagamento da desembargadora. O valor, de acordo com a PF, foi pago por outro advogado, Vanderlei Chilante. Ele, de acordo com O Globo, é representante de Nelson José Vigolo, produtor rural envolvido na disputa de terras no oeste.
Os documentos obtidos pela reportagem revelam que Júlio César levou o dinheiro de volta para Salvador e o entregou a Vasco Rusciolelli em um motel localizado na capital baiana. A PF monitorou Vasco e constatou que ele entregou o dinheiro para sua mulher – que por sua vez, levou a quantia para a residência do casal, no mesmo prédio em que vive a desembargadora.
Logo após a entrega, a PF realizou busca e apreensão para localizar o dinheiro com os personagens envolvidos e constatou que o número de série das cédulas coincidiu com parte do dinheiro em posse da desembargadora e dos outros recebedores da propina. A publicação procurou as defesas dos alvos da operação, mas não os localizou até a publicação do texto. /Por: Divulgação/TJ-BA 

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