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"Nunca tive amizade com miliciano", declara Rui ao ser perguntado sobre Adriano de Nóbrega


O governador Rui Costa (PT) voltou a alfinetar o governo Bolsonaro ao responder que "nunca" teve "amizade com miliciano", após ser questionado por jornalistas nesta sexta-feira (14) sobre a apuração da morte de Adriano de Nóbrega no último domingo (9), em Esplanada.
Em uma audiência pública na quarta-feira (12), o ministro da Justiça Sergio Moro disse que as autoridades da Bahia deveriam explicar as circunstâncias da morte do miliciano. Rui, contudo, reiterou que as investigações são de responsabilidade do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
"Como disse ontem, não entendo nada de mundo do crime, não sou miliciano, nunca tive amizade com miliciano, não tenho que ficar dando declaração sobre isso. Minha declaração vai ser sempre de política pública de segurança", disparou.
Rui listou os investimentos do governo do Estado na área da segurança pública, que definiu como as verdadeiras obrigações do Executivo.
"Estou licitando agora monitoramento de câmeras para o estado inteiro, aumentar o uso da tecnologia na área da segurança. Isso cabe ao governador [...] definir políticas, concursos, contratação de pessoas, equipamentos, organização das instituições. Agora crimes específicos, não cabe a mim, cabe ao delegado, ao MP e à polícia", resumiu.
O Governo da Bahia e o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, têm sido cobrados pela ação policial que resultou na morte do ex-PM, acusado de comandar o "Escritório do Crime", milícia que atua no Rio de Janeiro, e de ter ligações em suposto esquema de rachadinha em que o senador Flávio Bolsonaro é investigado. A operação foi feita em conjunto com autoridades do Rio de Janeiro. 
Na noite desta quinta-feira (13), a revista Veja publicou uma reportagem com fotos do corpo do ex-capitão do Bope, analisadas pelo médico legista Malthus Fonseca Galvão, professor da Universidade de Brasília (UnB) e ex-diretor do Instituto Médico Legal do Distrito Federal. 
Ele teve acesso às imagens sem saber de quem se tratava, e concluiu que a proximidade de um dos disparos poderia indicar uma "execução". 
“Pode ter sido uma troca de tiros? Pode. Pode ter sido uma execução? Pode. Qual é o mais provável? Com esse disparo tão próximo, o mais provável é que tenha sido uma execução. Mas tem de analisar com mais detalhes”, disse o médico legista.
O próprio Flávio Bolsonaro, que homenageou Adriano de Nóbrega na Alerj e empregou em seu gabinete, por meio de Fabrício de Queiroz, a mãe e a ex-esposa do miliciano, acusou a morte do ex-PM como "queima de arquivo". /BNews

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