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Gasolina da Bahia é a mais cara do Nordeste, aponta levantamento da ANP

Imagem Ilustrativa
Entre os municípios baianos pesquisados, o que o menor preço médio é Lauro de Freitas, com R$ 4,403 Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, realizado entre os dias 8 e 15 de setembro, aponta que a Bahia, onde foram pesquisados 330 postos de revenda, tem o preço médio do litro da gasolina mais alto do Nordeste: R$ 4,807.  O valor é o sexto maior do país, onde o líder do ranking, segundo a pesquisa, é o estado do Acre, onde o preço médio o litro da gasolina custa R$ 5,129. A gasolina mais barata no Brasil está sendo vendida no estado do Amapá, por R$ 4,129 o litro.
De acordo com a ANP, a gasolina mais cara da Bahia está sendo vendida em Porto Seguro, cidade litorânea do Extremo Sul do estado. Por lá, o preço médio no período pesquisado está em R$ 5,249. Ao comentar sobre o preço da gasolina, o Sindicombustíveis (representante dos postos de revenda) declarou que “o mercado é livre e competitivo, cabendo a cada posto revendedor decidir o seu preço na bomba”.
Segundo o sindicato, o valor “é impactado pelos reajustes da Petrobras, impostos, frete e custos com estrutura e funcionários”. O sindicato “reafirma que não interfere no mercado e respeita a livre concorrência”.
Investigação
O setor de venda de combustíveis no estado é investigado desde o dia 10 de maio pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Polícia Civil por suposto crime contra a ordem econômica na venda de combustíveis em Salvador.
Os alvos são o Sindicombustíveis e o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-Ba). O inquérito ainda está em andamento na Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap).
O MP-BA considera que os sindicatos “manipulam, acordam, combinam e ajustam os preços dos combustíveis comercializados em Salvador”, em violação à Lei Federal 8.137/90, sobre crimes contra a ordem tributária, econômica e relações de consumo.
A Bahia, ainda segundo a ANP, tem a segunda maior média de margem de lucro do Brasil, a qual corresponde à diferença entre o preço pelo qual o combustível é vendido ao consumidor e o valor na bomba. Na Bahia, o lucro é de 0,615 por litro – o primeiro é o Acre, com R$ 0,734.
Melhor preço
Entre os municípios baianos pesquisados, o que o menor preço médio é Lauro de Freitas, com R$ 4,403, enquanto Salvador está em R$ 4,863. Mas será que vale a pena o morador de Salvador ir até Lauro de Freitas abastecer o veículo? “A depender da situação, sim”, diz o engenheiro químico Diniz Alves de Sant’Ana Silva, coordenador do curso de Engenharia de Petróleo e Química da Universidade do Salvador (Unifacs).
Morador de Lauro de Freitas, ele trabalha na capital baiana e todos os dias faz o trajeto entre o centro de Lauro e o bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Informou que costuma abastecer o tanque de combustível do carro (de 55 litros) uma vez por semana – o veículo dele, motor 1.0, faz 14 km por litro. Do bairro do Rio Vermelho ou Centro de Salvador até o Centro de Lauro de Freitas, segundo ele calcula, dá uns 30 km. Considerando um carro que faz 10 km com um litro de gasolina (média geral), o gasto seria de 6 litros para ir e vir, com o trânsito fluindo.
Seguindo o raciocínio de Silva, ao abastecer em Lauro de Freitas o tanque com 50 litros – a média, já que os reservatórios variam de 45 a 55 litros –, o gasto seria de R$ 220,15, e se abastecer a mesma quantia em Salvador fica por R$ 243,15. A diferença, então, entre um abastecimento e outro é de R$ 26,41. Mas como para percorrer até Lauro de Freitas, o gasto total seria 6 litros de gasolina, soma-se ao valor do abastecimento em Lauro mais R$ 26,41, o que dá custo total de R$ 246,56. 
“Nessa situação, é inviável. Só valeria a pena com se a diferença fosse de uns R$ 0,80. Mas como um carro como o meu, que faz 14km por litro, vale a pena sim. Outra situação que valeria apena abastecer em Lauro é a pessoa já estar indo para a cidade resolver algo e aproveitar a viagem para fazer encher o tanque”, disse.
Outros custos com o deslocamento, como gastos com pastilhas de freio e pneus, para Silva seriam ínfimos demais para entrarem na conta.
(*Correios 24hrs)

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