(Foto: TechPhotoGal/Creative Commons) |
Um norte-americano de 48 anos precisou ter as mãos e as
pernas amputadas após contrair uma bactéria presente na saliva de um cachorro,
contou o jornal "Washington Post" na terça-feira (13).
O
micro-organismo, da espécie Capnocytophaga canimorsus,
causou sepse — doença contraída por uma reação do corpo a uma infecção, antes
chamada de septicemia. Sem as amputações, o homem, identificado como Greg
Manteufel, poderia morrer.
Era fim de junho
quando Greg, que sobrevive pintando casas, começou a sentir os primeiros
sintomas: febre, vômitos e manchas pelo corpo, como se fossem hematomas.
Segundo relatou a mulher, Dawn, era como se ele tivesse sido atingido "por
um taco de beisebol".
De acordo com o
"Post", os médicos disseram a Dawn que o caso vivido pelo marido não
é comum. Ela afirmou não saber qual cachorro levava a bactéria — Greg ama cães
e estava com oito deles momentos antes de ficar doente. O micróbio, segundo os
médicos, poderia estar em qualquer um dos bichos que lamberam o
norte-americano.
"Ele
[Greg] ama cachorros e tocaria em qualquer um, ele não se importa", disse
Dawn, esposa de Greg há 15 anos.
Apesar das
amputações — Greg gostava de dirigir motocicletas Harley-Davidson —, Dawn disse
ao jornal norte-americano que o marido está "em paz".
"Ele [Greg] disse aos
médicos: 'Façam o que tiverem de fazer para me manter vivo'", contou Dawn.
Em abril deste ano, um britânico
teve pernas, dedos e parte do rosto amputados por também
ter contraído sepse após brincar com um cachorro cocker spaniel.
'Lambida da morte'
A espécie Capnocytophaga canimorsus,
também presente nos gatos, geralmente é transmitida pela mordida do cachorro,
explica a reportagem do "Washington Post". Normalmente, ela oferece
risco maior às pessoas que sofrem de alcoolismo ou que não tem o baço — órgão
localizado no abdômen — funcionando. Os sintomas aparecem rapidamente.
A literatura
médica registrou, em 2016, o caso de uma mulher de 70 anos que também contraiu
sepse após se contaminar com a bactéria. Segundo o artigo, publicado na revista
científica "BMJ Case Reports", o micro-organismo foi transmitido à
idosa pela lambida de seu cão da raça greyhound.
De acordo com a
publicação, a mulher sobreviveu após duas semanas de tratamento intensivo.
Mesmo assim, os médicos que reportaram o tratamento nomearam o caso como
"lambida da morte". (Fonte: Bem Estar/G1)
0 Comentários