Foto: Policia Civil/G1BA |
O homem que havia sido preso por suspeita de envolvimento em
um esquema de pirâmide financeira que lucrou mais de R$ 200 milhões,
no sul da Bahia, foi solto pela Justiça, após audiência de custódia. A
informação foi passada ao G1, nesta
sexta-feira (22), pelo juiz Murilo Staut, da 1ª Vara Crime de Itabuna, onde
ocorreu a audiência, na quarta-feira (20).
O suspeito,
identificado como Alessandro Almeida, foi capturado pela Polícia Civil na
terça-feira (19) e deveria permanecer preso por cinco dias, quando acabava o
prazo do mandado de prisão preventiva em nome dele. No entanto, de acordo com o
juiz, a Justiça, em conjunto com a polícia e o Ministério Público, entendeu que
não era mais necessária a prisão do suspeito, já que ele já havia esclarecido o
envolvimento no caso durante depoimento.
Conforme a
polícia, o suspeito usava uma procuração em nome Danilo Santana Gouveia, primo dele e
um dos líderes da quadrilha, para ocultar bens do grupo
criminoso, adquiridos com o dinheiro proveniente do golpe. A Justiça obteve a
informação de que Danilo fugiu do país e a situação foi comunicada à Interpol.
No entanto, o suspeito segue foragido nesta sexta-feira.
Cinco dias após a Justiça ter decretado a prisão
preventiva de um dos fundadores da pirâmidade, a Polícia Civil de Itabuna, no
sul da Bahia, apreendeu um valor aproximado de R$ 1
milhão em espécie na conta da sogra do suspeito.
A operação que
levou a polícia até a residência ocorreu no dia 5 de setembro, por meio do Departamento
de Crimes contra o Patrimônio (DPCP). A sogra do suspeito, que também era
investigada por participação no esquema criminoso, foi identificada como Edlane
Alves de Oliveira. Ela é procurada pela polícia.
Segundo o delegado Humberto Mattos, um dos responsáveis
pelas investigações, o valor apreendido foi depositado em uma conta e ficará à
disposição da Justiça para a possível reparação às vítimas da pirâmide
financeira.
A Justiça do Rio
Grande do Sul decretou no dia 31 de agosto a prisão preventiva de Danilo
Santana. Ele é suspeito de ter criado, na cidade de Itabuna, um esquema de
pirâmide financeira, que funcionava em vários estados do país, por meio da
internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol.
O decreto de
prisão para Danilo foi expedido pelo juiz Ricardo Andrade, da 1° Vara Crime de
Sapiranga. O empresário foi indiciado pelos crimes de estelionato, lavagem de
dinheiro e organização criminosa. Um outro empresário, chamado Isaac
Albuquerque, dono da Tips Club, também do sul da Bahia, é outro investigado por
suspeita de envolvimento no esquema.
Conforme a polícia, Danilo e Issac atraiam as vítimas com a proposta de
ganhar dinheiro com apostas no jogos, prometendo aos investidores um ganho de
30% sobre os valores aplicados no negócio. Eles foram
descobertos, segundo a polícia, porque costumavam ostentar dinheiro e bens.
Entre as vítimas
que procuraram a polícia para denunciar o crime, estão moradores de estados
como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo, além da
Bahia.
De acordo com a
polícia, para participar do esquema de apostas, as vítimas acessavam um site e
criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta, acompanhavam os lucros dos
investimentos que faziam. Mas quando os investidores descobriram que não
conseguiam sacar o lucro, paravam de investir. No entanto, o dinheiro aplicado
já estava com os criadores do esquema. São informações do G1 BA.
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