Se a votação
da reforma da Previdência naufragar
no Congresso Nacional, a equipe econômica do governo do presidente Michel Temer (PMDB) já trabalha com uma
alternativa para cortar despesas e garantir o cumprimento do teto de gastos e a
volta de superávits primários nas contas públicas. A
ideia é acabar com o pagamento do abono
salarial.
O benefício,
que é pago anualmente aos trabalhadores inscritos no PIS/Pasep há pelo menos
cinco anos e que têm rendimento médio mensal de até dois salários mínimos,
custará 17 bilhões de reais neste ano. Tradicionalmente, era pago de julho a
outubro para todos os 22 milhões de trabalhadores que têm direito. Desde 2015,
porém, o governo da ex-presidente Dilma Rousseff dividiu o pagamento em duas
etapas, como forma de diluir o custo.
O benefício
também passou a ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço, de maneira
semelhante ao 13º salário – ou seja, atualmente varia de 78 reais a 937 reais.
O custo político do fim do abono salarial, porém, seria bem alto, uma vez que
seus beneficiários são a camada mais pobre da população.
Embora
o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
considere ainda viável a aprovação das novas regras para aposentadorias e
pensões no segundo semestre, depois da votação da reforma trabalhista, sua
equipe tem em mãos uma série de medidas que poderão ser adotadas no caso de a
proposta de reforma previdenciária ser desidratada ou mesmo não for aprovada.
A Fazenda
monitora as negociações da reforma diante do quadro político instável. Mas o
ministério não vai ficar parado se a reforma não avançar, informou um membro da
equipe econômica, destacando que há alternativas para garantir uma trajetória
sustentável da dívida pública. (Fonte:Veja.com)
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