Foto: Reprodução/ TV Bahia |
Uma menina de oito anos está internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, por conta de uma queimadura de terceiro grau em uma das mãos. De acordo com a polícia, a suspeita é de que a criança foi queimada pela mãe, no dia 2 de outubro. O Conselho Tutelar e a Polícia Civil ficaram cientes do caso após a professora da vítima fazer uma denúncia. Segundo o Conselho, a criança passou cinco dias sem ir para escola. Quando retornou às aulas, a professora percebeu hematomas e o ferimento na mão dela, entrou em contato com o Conselho Tutelar. A garota, que mora na capital baiana com a mãe e o companheiro dela, relatou ao Conselho que mexeu na geladeira de casa e que, por isso, apanhou do padrasto. Em seguida, a mãe cozinhou um ovo e assim que tirou do fogo colocou na mão dela. Os médicos que estão acompanhando a menina no HGE avaliam se será necessário fazer um enxerto, que é uma cirurgia para retirar músculo de uma parte do corpo e colocar na outra, que está ferida. O estado de saúde da criança é estável. O caso dessa criança é um dos que estão registrados na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra Crianças e Adolescentes (Dercca), em Salvador. Este ano, até setembro, foram registradas 665 ocorrências só de violência, quase 74 por mês, sem contar com os casos de abuso sexual. A mãe e o padrasto da menina não foram presos em flagrante porque a denúncia foi feita cinco dias após o ocorrido. Eles vão ser ouvidos pela polícia e pelo Conselho Tutelar nos próximos dias. A menina recebe assistência da Organização do Auxílio Fraterno (OAF), instituição sem fins lucrativos que acolhe crianças e adolescentes, até que a Justiça determine o futuro dela. (G1/Ba)
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