Um prédio de 22 andares desabou
durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de
São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1º. Um edifício vizinho também pegou
fogo, mas não corre risco de colapso. Uma pessoa morreu e pelo menos outras
duas estão desaparecidas. Bombeiros buscam por vítimas nos escombros no início
desta manhã.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a
vítima que morreu estava sendo resgatada por corda pelos militares quando a
estrutura do prédio desabou. Os militares abriram um acesso pelo edifício
vizinho e a vítima já estava pronta para sair quando toda a estrutura colapsou.
A corda que prendia a vítima se rompeu e ela caiu. Um bombeiro também ficou
ferido durante o desabamento.
O prédio que desabou era uma
antiga instalação da Polícia Federal. Segundo comerciantes do entorno, o local
era ocupado ilegalmente. Antes de ruir, algumas pessoas pediam socorro no
último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente
para os níveis superiores. Ao todo, 160 militares e 57 viaturas atuam no
combate ao incêndio e no resgate das vítimas.
De acordo com o Corpo de
Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as
péssimas condições do local às autoridades do município. De acordo com a
corporação, os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o
que ajudou a propagar as chamas.
Ainda não há confirmação de
outros mortos ou feridos. A Defesa Civil Estadual está no local e realiza
cadastramento de todas as famílias que poderiam estar no prédio no momento do
incêndio.
A Polícia Militar e a Companhia
de Engenharia de Tráfego foram acionadas e auxiliam os trabalhos na região.
Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão de
prontidão para atender as vítimas.
Comerciantes da região relatam
correria nas ruas, com clientes deixando hoteis vizinhos às pressas. As
testemunhas dizem que quebraram vidraças, se espalhando rapidamente pelos
andares e atingindo os prédios vizinhos.
“Eu estava em horário de serviço
e escutei várias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o
que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas
desesperadas”, disse o recepcionista Flábio Gabia, que trabalha em um hotel no
Largo do Paissandu. Segundo ele, vários clientes deixaram o estabelecimento
quando viram o incêndio. Um hotel ao lado dos edifícios em chamas também foi
esvaziado e interditado.
Devido ao combate às chamas, a
CET interditou o trecho entre a avenida Rio Branco e a rua Antônio de Godói e
recomenda aos motoristas que evitem passar pela região do Largo do Paisandu.
Três quarteirões estão fechados. Com informações do site da revista IstoÉ.
Um prédio do Largo do Paissandu desabando agora a pouco pic.twitter.com/wntceeK6w6— Richard Paiva (@orichardpaiva) 1 de maio de 2018
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