Notícias

6/recent/ticker-posts

'Queria fazer algo para ajudar as crianças', diz Fernanda Gentil


Natal da Caslu/ Divulgado

Muita gente acredita que a dor vem para nos ensinar a sermos pessoas melhores. Se a crença é verdadeira ou não, a coluna não pode afirmar. Mas foi por causa da morte de Adriana, sua comadre amada, que a apresentadora do ‘Esporte Espetacular’ Fernanda Gentil resolveu arregaçar as mangas e criar a Caslu, uma associação fundada por ela e mais três amigos em 2013 para cuidar de crianças. “A ideia foi do Patrick Lopes, meu amigo da época do colégio, e fundamos juntos a Caslu; ele, eu, Felipe Cantieri e Matheus Braga (ex-marido da jornalista)”, contou. Na época da morte de sua mãe, Lucas tinha apenas um ano e meio. Fernanda, então, passou a dividir os cuidados com o pai do menino. Hoje, ela cria Lucas e o pequeno Gabriel (seu fi lho biológico de 2 anos) como irmãos. E nesta véspera de Natal, nós queremos que você, leitor, reflita sobre o amor com essa linda entrevista.

Tem gente que acha que a Caslu é uma ONG. Explica o que é a Caslu?

A Caslu é uma associação beneficente. Ela arrecada verba para distribuir às instituições que precisam e cuidam de crianças abrigos, orfanatos, creches, clínicas, hospitais... Nosso único pré-requisito para as doações é não dar o dinheiro em espécie, sempre revertemos em produtos, alimentos, material de limpeza, serviços, obras, reformas, etc.

Natal da Caslu/ Divulgado


Quando te deu o 'start' pra criar a Caslu? Foi uma ideia só sua?

Quando a mãe do meu afilhado faleceu. Ela era muito próxima de mim. Queria fazer algo para ajudar as crianças que passam por uma situação parecida com a dele, de não ter a mãe por perto, mas que infelizmente não tiveram a oportunidade que ele teve, de ter sido criado, abraçado e amado pela família. A ideia foi do Patrick Lopes, meu amigo da época do colégio, e fundamos juntos a Caslu; ele, eu, Felipe Cantieri e Matheus Braga.

Qual foi a maior dificuldade que você teve para criar/manter a Caslu?

No início, a dificuldade era conseguir vender as camisas, que são a nossa única fonte de renda para comprar as doações. Mas depois que as pessoas começaram a conhecer o nosso trabalho e acreditar nele, o processo virou quase automático. A gente lança uma campanha e já existe uma mobilização grande pela compra da nova camisa.

Você recebe apoio de alguma instituição?
Não, sobrevivemos mesmo só com a venda das camisas.

O nome é por conta do seu filho?
Isso, Cas-lu é Lu-cas ao contrário, invertendo as sílabas.

Falando no Lucas, ele já entende o que é a Caslu, te ajuda de alguma forma?

Entende e participa de tudo. Faço questão de levá-lo em todas as ações para ver de perto as inúmeras outras realidades que existem por aí, e entender o quanto podemos ajudar.

Quais são as ações realizadas pela Caslu?

As campanhas acontecem ao longo do ano, na Páscoa, Festa Junina, Dia das Crianças e Natal. A cada campanha lançamos novas camisas (com cores diferentes) e, com a venda delas, arrecadamos dinheiro para comprar as doações que vamos fazer. A cada campanha escolhemos uma instituição para ajudar e, no dia da entrega das doações, é uma grande festa com os voluntários da Caslu chegando em um ônibus fretado e carregado com as compras! Sempre chegamos bem cedinho e realizamos uma gincana com atividades como oficina de artes, roda de música, futebol, teatro, mágica, etc. Passamos a manhã inteira com as crianças, servimos um almoço e depois, com muita dor no coração, nos despedimos.
Sabe quantas instituições e crianças vocês já ajudaram?

Já ajudamos 14 instituições. Cerca de 2.240 crianças foram beneficiadas.

Matheus (Braga, ex-marido) ainda está no projeto?

Sim, ele ainda é do conselho da Caslu.

Com trabalho, filhos, namorada... Quanto da Caslu ainda ocupa tempo na sua vida? Porque eu vejo você sempre bastante envolvida...

Ocupa todos os meus dias! Não passo um dia sem fazer alguma tarefa da Caslu. Sou responsável por receber os pedidos, responder e-mails, encaminhar as camisas para os Correios, produzir as ações... é muito trabalho! Mas um trabalho que te paga com a moeda mais nobre de todas: o bem ao próximo.

O que mudou na sua vida depois da Caslu?

Tudo. Depois dos meus filhos, a Caslu foi a melhor coisa que eu fiz. A gente aprende a dar, aos nossos problemas, a exata importância que eles merecem. Aprendemos a gastar com eles apenas o tempo necessário. Aí todo o tempo que sobra a gente usa para ajudar quem tem problemas muito maiores do que os nossos.


Fonte: Leo Dias

Postar um comentário

0 Comentários